Entre executivos, 15% recorrem a sedativos e estimulantes, mostra pesquisa
Daniel Meana na loja de instrumentos em que é gerente
MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO
MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO
Há quatro meses, Daniel Meana, 33, levou um ultimato dos donos da empresa que gerencia: ou parava de usar drogas ou seria demitido.
Ele prometeu deixar o vício. A doença, no entanto, foi mais forte, desabafa Meana.
Gastou R$ 900 de um adiantamento em menos de um dia -saiu da companhia às 14h de sábado e voltou para casa às 2h de domingo. "Fiquei bebendo cerveja e cheirando cocaína", lembra.
A perda de controle gerada pela experiência e uma briga o fizeram parar. O profissional decidiu buscar ajuda em clínica de reabilitação.
Depois de um mês internado, voltou à empresa e teve seu cargo de volta. O rendimento profissional melhorou tanto que recebeu aumento.
Histórias como a do gerente têm se repetido no Brasil. No primeiro semestre de 2011, 21.273 trabalhadores foram afastados de seus postos para tratar transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas -que agem no sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição.
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