Porém, país é citado como fonte de "séria preocupação" devido às amplas fronteiras
O Brasil ficou de fora pela primeira vez da lista dos EUA de principais países produtores e de trânsito de drogas no mundo, cujo relatório para o ano fiscal de 2011 foi divulgado nesta semana.
Ainda assim, o país é citado como fonte de "séria preocupação" devido à extensão do território e das fronteiras.
O texto, uma certificação presidencial enviada ao Departamento de Estado, aponta o país como chave, ao lado da Venezuela, para o aumento do tráfico entre América Latina e África Ocidental e pede que ações antidrogas sejam prioridade na agenda de segurança nacional.
Ao mesmo tempo, Washington, que atua em programas de segurança e antidrogas com a Polícia Federal, "reconhece a emergência do Brasil como líder regional" contra as drogas.
No formato atual, a determinação dos principais países produtores e de trânsito de drogas tem 20 nomes e é regida por lei de 2002.
Na lista para 2011 estão: Afeganistão, Bahamas, Bolívia, Mianmar, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.
DESAFETOS
A Casa Branca indicou que seus desafetos políticos Bolívia e Venezuela, além de Mianmar, "falharam em demonstrar" cumprimento de suas obrigações.
Ainda assim, continuarão a dar apoio "para programas bilaterais na Bolívia e programas limitados na Venezuela" que "são vitais para os interesses nacionais dos EUA".
Sem uma indicação específica como essa, os países teriam suspensa assistência financeira que não fosse humanitária ou antidrogas.
No caso da Bolívia, o crescimento da área de cultivo de coca desacelerou. Houve aumento de 1% neste ano -contra média de 6% anuais desde 2006-, o que "pode demonstrar mudança de tendência para redução".
Já o Peru, aliado dos EUA, ultrapassou a Colômbia neste ano como maior produtor mundial de folha de coca, segundo a ONU. O país não recebeu porém comentário específico no memorando.
México e Colômbia, outros aliados, foram também alvo de elogios pela pressão aplicada contra traficantes. Para os EUA, esses esforços levaram a uma realocação do tráfico pela América Central, provocando a entrada para a lista de Costa Rica, Honduras e Nicarágua.
O Afeganistão, maior produtor mundial de ópio e palco de uma guerra liderada pelos EUA, teve "esforços reconhecidos", mas Washington pediu mais "vontade política" na luta antidrogas.
Fonte: Folha de São Paulo, 18/09/2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário